Admito que fui pego despercebido, quando li a notícia postada por nosso amigo Rafael sobre o término da franquia Guitar Hero deu uma pontada de tristeza, eu era um grande fã do jogo e não esperava isso tão cedo. Certo, eu já sabia que se continuasse do jeito que estava, o Guitar Hero já estava fadado ao cancelamento. O jogo havia perdido o encanto que tinha nas primeiras versões e desde o seu quarto lançamento só apanhava do Rock Band, seu grande rival. Mas vamos pensar com calma e ver o porque do fim de um jogo tão épico.
Não adianta ter boas músicas com o mesmo game play:
Desde o terceiro lançamento da série, o game play do jogo continuou quase que intacto, uma melhorada aqui, outra ali. Mas nada que fizesse alguma melhora real. Sim, isso detona qualquer jogo. Ninguém aguenta gastar dinheiro com vários títulos que a unica mudança são as músicas.
Sem inovação não dá:
Já falamos do game play que é o mesmo desde o Guitar Hero III. Mas temos outro problema que ajudou a tirar o brilho da série. Cadê a inovação? O jogo que foi vanguarda nesse estilo conseguiu ver o concorrente com três títulos e algumas track packs literalmente humilha-lo em inovação. Não adiantava botar novas formas de jogo, tem que ir além, o Pro-Mod do Rock Band 3. Porque ninguém pensou nisso no Guitar Hero? Pode apostar que pensou, mas ai entra a falha da Actvision. Ela só queria ficar lançando títulos e mais títulos para faturar, não queria pensar em um público apaixonado que gostaria de ver o jogo que mais amam terem novidades que chamassem tanto a atenção a ponto de fazerem fãs gastarem horas em filas a lá Apple.
Um flash back inevitável, Guitar Hero e sua época de ouro:
Qual fã do jogo não acha o Guitar Hero 2 inesquecível? Para um fã desde o começo da série, posso dizer com certeza que o segundo lançamento da franquia foi o melhor, uma Set-list ótima, pra não dizer perfeita, um jogo que apesar dos gráficos, por ser antigo, é marcante. É de perder a conta quantas vezes já toquei Sweet Child o' Mine do Guns ou tentei tocar Beast and the Harlot do Avenged Sevenfold nele, estamos falando de horas perdidas na frente de uma tv tocando clássicos e tentando finalizar o jogo em todos os níveis, liberando todas as músicas bônus, todas as guitarras. Qual fã não vai sentir saudades?
Agora só nos resta esperar que alguma empresa forte no mundo dos games compre os direitos sobre a franquia e volte com força total. Até lá, o Guitar Hero vai deixar saudades.