Bom futebol, porque envolve claramente duas das grandes equipes do futebol mundial atual, com craques em diversas posições em campo. O toque de bola "refinado" do Barcelona vem envolvendo muitas equipes, mas que o Real Madrid batalhou, esse batalhou. No primeiro jogo, pelo campeonato espanhol, um empate era bom o suficiente para acalmar os ânimos e agradar às duas torcidas, e foi justamente isso que aconteceu. Com dois gols de pênalti, Real com dez em campo e uma retranca armada pelo Mourinho, o time da capital espanhola consegue parar parcialmente o futebol ofensivo de Guardiola.
No segundo jogo, final da Copa do Rei, estádio neutro, e mais uma vez, uma retranca pra tentar parar o Barça. Deu certo. No final da prorrogação, após quase total posse de bola catalã, o time de Madri consegue um gol, de cabeça com Cristiano Ronaldo, matando de vez o jogo.
Após muitas e muitas discussões entre arbitragem, faíscas entre os técnicos de ambas equipes, chega o próximo jogo: semi-final da Liga dos Campeões. Após palavras de Guardiola, "o título mais importante ainda está por vir", o time da Catalunha bate o de Madri com dois de Lionel Messi em pleno Santiago Bernabéu.Entre as punições, brigas e polêmicas, o fator em comum é a arbitragem. Com "teatros" de Daniel Alves e Sergio Busquets para o Barcelona, e Pepe expulso para o Real, Mourinho reclama tanto sobre tal ponto que é punido pela UEFA após argumentar que o time catalão tinha benefícios em jogo relacionados à arbitragem.
E após muita polêmica dentro e fora de campo, chegamos no jogo de hoje. Um Barcelona padrão que muita gente esperava, e um Madri ofensivo, a novidade. Mourinho escalou Kaká e Higuaín para essa última partida, com objetivos entre apertar bastante essa saída de bola do adversário, e deixar o Cristiano Ronaldo mais solto para quem sabe, marcar. Tudo bem que funcionou de forma muito boa até os 25 minutos, e é aí que chega no limite o físico dos jogadores para apertar no campo defensivo do oponente.
Com um Real Madrid mais recuado, um Kaká sumido (30 segundos com a bola) e poucas oportunidades no ataque, a equipe catalã foi se soltando e se não fosse por Casillas e pela arbitragem, gols poderiam ter saído de ambos os lados. Até que no segundo tempo, Iniesta acerta um passe perfeito para Pedro que marca. Do outro lado, grande jogada de Di María resulta em gol de Marcelo. Com o empate, o Barcelona se classifica para a final no Wembley e acaba com esses jogos seguidos entre essas duas equipes. Com certeza vai dar o que falar essas discussões sobre a arbitragem, mas prevaleceu a paciência e o toque de bola do Barça, que pode vir a ser de novo o campeão europeu.
